quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O quão abrangente é o Cyborg

Não seria de todo estranho se em um primeiro momento, ao pensarmos sobre o que viria a ser um "cyborg", viesse à nossa mente filmes como "Inteligência Artificia", "EU, Robô", "Robocop", "A Mulher Biônica", "O Homem Bicentenário" ou "O Exterminador do Futuro". Fato é que mesmo tendo a terceira arte flertando com essa perspectiva homem x robô ou homem & robô, as nuances são muito mais profundas e interessantes. Especialmente quando analisamos o  agora e percebemos o alcance que a tecnologia adquiriu em nossa vida.

Seríamos cyborgs por ostentarmos próteses? Mas o que viria a ser uma prótese mesmo? As próteses necessariamente seriam apenas aqueles objetos utilizados pelas pessoas quando da ausência de um membro? Não. Em absoluto, não. Prótese, por fim, seria aquilo que usamos para potencializarmos as funcionalidades do nosso corpo. Exemplo óbvio: óculos. Quantas pessoas precisam usar lentes para conseguirem enxergar melhor, potencializarem sua visão? Uso óculos/lentes desde os meus dez anos. Seria eu uma cyborg?
Óculos, lentes de contato, aparelhos ortodônticos, marca-passo, silicone, maquiagem, esmalte... Todos são próteses.
Isso traduz a ideia de um corpo em intensa modificação. Um corpo mutante. E não para por aí.

O alcance incide também no bombardeio de propagandas que recebemos diariamente sobre o corpo perfeito e a não aceitação do envelhecimento. Costumeiramente as revistas trazem pessoas de beleza "irretocável", sempre atreladas ao objeto de "desejo", de consumo: creme anti-rugas, anti-celulite, "queima-gordura" ... Um olhar mais desavisado crê no que está sendo exposto e embarca na ideia da perfeição sem retoques. Fato é que elas foram sim retocadas digitalmente. E esta é também uma das faces desse tempo de "cyborgs".


Um comentário:

  1. Vídeo muito bom! Fiquei com vontade de ser retocada digitalmente..rsrrss

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